segunda-feira, maio 26, 2008

BILHETE da PÓVOA do PEREIRO

Dr. Carlos Matos, militante do PSD-Anadia, in Região Bairradina

O Primeiro-Ministro iludiu e mentiu e um Primeiro-Ministro não deve fazer uma coisa nem outra. Iludiu porque fez crer a todos nós que era um cidadão preocupado com a saúde, bem - estar e com a ecologia. Ainda por cima foi Ministro do Ambiente. Vai em visita a qualquer país e é vê-lo a correr logo pela manhã, porque correr faz bem ao corpo e á mente; não falta a nenhuma corrida pedestre, desde que as televisões estejam presentes; faz aprovar uma das leis mais restritivas da Europa contra o uso do tabaco e… acaba por ser apanhado a fumar dentro de um avião.
O Primeiro-Ministro iludiu porque não tem a coragem de se afirmar como fumador, por pouco que fume. Quis dar uma imagem de modernidade e de actualidade e passou a ideia de que é contra o tabaco. Confesso que estava muito longe de pensar que Sócrates era fumador. Mas, pelo que agora se sabe, toda a gente dos jornais sabia que ele fumava o que leva a perguntar: Porque é que ninguém falava sobre isso? Segredo de Estado ou manipulação da informação pelo Gabinete do Primeiro-Ministro? A que preço esse silêncio? Iludiu ainda mais porque veio dizer aos portugueses, para continuar a iludi-los e como desculpa de mau pagador, que agora é que é, vai deixar de fumar. Será que se deve deixar de fumar para ser simpático com a opinião pública ou devemos deixar de fumar por uma questão de saúde?
O Primeiro-Ministro mentiu porque sabe, tão bem como qualquer passageiro de aviões, que há muito tempo que é proibido fumar dentro deles. O Primeiro-Ministro mentiu porque sabe que a legislação portuguesa, que ele fez, proíbe fumar em recintos fechados e um avião não é propriamente um barco com espaços ao ar livre.
O Primeiro-Ministro mentiu porque “desconhecia que num avião fretado não se podia fumar”. Se qualquer cidadão com dinheiro aluga um avião pode exigir que o deixem fumar. A companhia aérea que alugar o avião saberá se pode ou não dar essa autorização. Só que o avião da TAP, companhia aérea portuguesa, regida pelas leis portuguesas, alugado pelo ESTADO para transportar o Primeiro-Ministro e comitiva à Venezuela, não é um avião privado do Primeiro-Ministro e, muito menos, do cidadão José Sócrates. Trata-se de uma aeronave que está ao serviço de Portugal e de mais ninguém. O Primeiro-Ministro não sabia isto? Será que foi ele que pagou á TAP o aluguer do avião? Claro que sabia e veio dar essa desculpa esfarrapada mentindo? Não tenho medo da palavra” MENTIU”.
Teve uma virtude “este apanhado” do Primeiro-Ministro: mostrou aos portugueses que vivemos num país de ilusão. Quando todas as organizações europeias e mundiais reviam em baixa o crescimento económico o Primeiro-Ministro dizia que a economia portuguesa estava preparada para a crise. Resultado? A nova previsão do Governo do crescimento do nosso produto para este ano baixou em 0,7%; a taxa de desemprego oficial é muito inferior á taxa real de pessoas que procuram trabalho; o investimento estrangeiro em Portugal, e o investimento português noutros países, deram um enorme trambolhão; os preços dos combustíveis continuam a subir, quase diariamente, sem que se tomem medidas para, ao menos, saber as razões das subidas; o governo recusa-se a baixar o Imposto sobre Produtos Petrolíferos, ISP, dos mais elevados da Europa, porque arrecada cada vez mais. Sempre que os preços do gasóleo e da gasolina sobem o Estado arrecada mais dinheiro com o ISP e o IVA; a taxa de inflação ou seja, o crescimento dos preços dos bens essenciais no consumidor, aumenta de ano para ano e os salários das famílias mantém-se ou diminuem em termos reais; dados oficiais demonstram: preço do leite cresceu 17,8%, do pão 9,3%, do gás 10,6% etc. Estamos num país de ilusão e de mentira. À mulher de César pedia-se para ser e parecer. José Sócrates só parece porque, afinal, não é aquilo que nos fazem crer que é.
Mais uma razão para me sentir muito confortado em apoiar a candidatura de Manuela Ferreira Leite a Presidente do PSD e, assim o espero, a Primeira-Ministra de Portugal. Porque com Manuela Ferreira Leite podemos ter a certeza de que nos é dita a verdade e que não nos vai “vender” ilusões. Para além das qualidades reconhecidas de competência, experiência e idoneidade acresce o rigor nos conceitos, o respeito pelos valores e pela ética. Não irá mentir nem iludir aos portugueses.

Sem comentários: